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Tudo é um remix

  • Foto do escritor: Thales Mendes
    Thales Mendes
  • 13 de jan. de 2023
  • 3 min de leitura

Opa! Tudo bem por aí?


Hoje, o papo é sobre genialidade.

O que é algo genial? A gente tem o costume de chamar de gênios pessoas que se destacam muito em algum aspecto de suas vidas. O sucesso da pessoa é então explicado por sua genialidade; a pessoa "nasceu assim".


O problema desse tipo de pensamento é que nós colocamos algumas pessoas em um "pedestal criativo", alçando-as ao posto de "semideuses e semideusas da criatividade" e, para o resto de nós, meros mortais, não sobra nada. Quem teve sorte, nasceu criativo. Quem não teve, fazer o quê, né?



Mas e se eu te disser que boa parte das mentes mais criativas da humanidade pode ser explicada por uma palavrinha?


Pois é. Não quero diminuir nem simplificar a trajetória dos gênios, claro que existem inúmeros outros fatores que contribuíram para que alcançassem o sucesso. Mas, em todos os casos, existe um denominador comum que sustenta a criatividade: as referências.


Aí você vai me perguntar: E o que são essas referências?
E eu vou te dizer: Tudo.

Tudo o que a gente consome é referência: os livros que lemos, as músicas que ouvimos, os programas que assistimos, as pessoas com quem falamos, enfim... tudo é referência.


Pode ser que eu te diga que com grandes poderes vêm grandes responsabilidades e você saiba de onde essa frase veio. Nesse caso, temos referências em comum. Pode ser que eu diga that's what she said e você não faça ideia do que eu esteja falando. Faz parte.




Mas as referências são mais do que frases que aproximam as pessoas. Elas são a base de todas as mentes criativas do mundo.


Pra provar, quis trazer o documentário que mudou a minha maneira de enxergar a criatividade e que, por si só, poderia resumir o "Me Fala Uma Coisa Legal": Everything is a remix ("Tudo é um remix"), de Kirby Fergunson.


Dá só uma olhada nele (legendado em português!):



Esse doc mostra com muitos exemplos o impacto das referências em grandes ideias da nossa sociedade. Pessoas como George Lucas, Tarantino, Steve Jobs e até bandas como Led Zeppelin têm, em seus maiores sucessos, cópias e inspirações claras de outros trabalhos e de outras pessoas. É isso mesmo: todos eles se inspiraram, se basearam, copiaram, imitaram.

Nada é original. Tudo é um remix.




Mas isso não é ruim e nem deixa esses nomes menos geniais. Pelo contrário. Só reforça o brilhantismo de cada um.

“Criatividade não é magia”. Na verdade, a criatividade é um processo que se assemelha a qualquer outro: quanto mais a gente treina (no caso, quanto mais referências a gente tem), melhor a gente fica. E, em Everything is a remix, Fergunson simplifica o passo a passo do processo criativo assim:


1) Copiar: em que você simplesmente copia as coisas que gosta.
2) Transformar: em que você adiciona o seu próprio contexto à sua cópia.
3) Combinar: em que você combina os dois passos anteriores e, pronto, algo novo está criado.

Quando a gente entende o poder das referências e o impacto que elas têm em nossas vidas, começa a enxergar as coisas que consome com outros olhos. E isso não quer dizer mudar nosso tipo de consumo. Quer dizer que, se você for um publicitário que passou a infância assistindo Chaves, por exemplo, isso vai ter um impacto nas ideias que você dá no seu trabalho (aconteceu com um primo meu).


Não deixe de assistir o documentário e depois me fala o que achou ;)

Ah, tem também um livro legal sobre o assunto, o Roube como um artista (esse título é bom demais!), do Austin Kleon. Mas eu quero fazer um post exclusivo sobre ele mais pra frente.


É isso, gente. Separa 30 minutinhos do seu tempo e dá o play em Everything is a remix. Prometo que vale a pena ;) Um abraço e até a próxima

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